Noite marafada
de um de muitos
Fevereiros
que medonha derrocada
ali na Fonte dos Louzeiros.
Derradeira
madrugada
desse mês de tão má fama
sem pressentir nadinha
estava eu na minha cama.
Dormindo
o sono dos justos
sacudido
sacolejado
meio surdo da zoeira
acordo assarapantado.
Bem longe
de adivinhar
mas bem perto
tudo estava tão pior
gritos, choros e assombro
choros, gritos e pavor.
De pé
quase nada
tudo levou um tombo
só a teimosa fonte
na véspera tão vazia
subiu tanto
tanto, tanto
que pelos campos
escorria.
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