o meu pego

Ao passar da escola de Santo Estêvão
a quem vem de Messines para a cidade
para o norte vê a ribeira de Arade
e caminhos que ao meu pego levam.

De todos os lados chegavam rapazes
para assim enganarem o verão quente
com um pouco de sorte não havia gente
para fazerem nudismo os mais audazes.

Foi neste meu pego que aprendi a nadar
à agua do mar tinha ganhado medo
quando já tinha onze anos, já não era cedo
força e brio o medo lograram domar

O meu pego, de pobre, nem nome tinha
porém, nunca essa falta causou engulhos
tinha essa água clara, limpa e fresquinha
que de toda a ribeira era mais que rainha
todos a queriam pra dar uns mergulhos.

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