o espírito de natal

Sem calor e sem tecto, sem amor, sem amigo,
vagueando sem rumo, sem destino ou abrigo,
e o frio chega aos ossos, é serão de Natal,
tentando encontrar uma tasca com gente.

Bate à porta onde ao fundo umas vozes soavam
Bom Natal para todos os que ali se encontravam,
um homem assoma para lá do quintal,
onde posso encontrar uma sopinha quente?

Recua aos berros saindo dos trilhos,
vá comer à sua casa e com os seus filhos!
ruge o bruto sentado à sua mesa farta.

Sabe o senhor desde quando eu labuto?
e já agora um respeito para com o meu luto,
um natal feliz e vá prò raio que o parta!